a contrarresenha a arnaldo saraiva, por filipe delfim santos

OS SINAIS DE FOGO DE ARNALDO SARAIVA

(…) Diz o crítico, no ponto j), que “o anotador não me ouviu nem leu, bastou-lhe a claríssima versão de Mécia, que sempre soube encontrar delfins que nunca põem em causa o que ela diz e que dizem o que ela quer que seja dito”. Não sei se Amaldo Saraiva é um “ex-delfim” de Mécia de Sena, sei é que ele, além de brincar com o meu nome, afirma que eu não o ouvi por servilismo, quando o não fiz porque usei uma formulação imparcial e objetiva: Mécia de Sena “aclara”, sob o ponto de vista dela, o que motivara as alegações de Arnaldo Saraiva; ora “aclarar” não exclui a existência de outras versões, razão pela qual eu não usei expressões como “revela” ou “denuncia”, essas sim taxativas. Quanto ao meu suposto servilismo, nunca Mécia de Sena sugeriu, orientou, interferiu ou reviu qualquer das minhas edições de correspondências; jamais influenciou ou diminuiu a minha liberdade e responsabilidade editorial e autoral – aliás, conhece o meu trabalho quando recebe os livros já prontos. Não vejo como eu possa ser um “delfim” dela, se os houve ou há.

Texto integral em FilipeDSantos_Resposta_a_Arnaldo_Saraiva_24_08_2013

arnaldo saraiva resenha a correspondência jorge de sena / joão gaspar simões

SINAIS DE FOGO

(…) o livro recente “Jorge de Sena/João Gaspar Simões – Correspondência 1943-1977“, com organização. estudo introdutório e notas de Filipe Delfim Santos e com o subtítulo “Incluindo o Carteio de Mécia de Sena”.

Percebe-se mal o que fazem as cartas de Mécia neste volume, com o mesmo destaque das de Simões ou das de Jorge de Sena, e integrais (não citadas ou resumidas só em notas), para mais sendo posteriores, salvo uma, às dos dois escritores, não tendo o valor literário delas e não trazendo nenhuma luz relevante às dos correspondentes ou às suas relações. Assim, além de servirem um protagonismo deslocado, cumprem as comuns finalidades das cartas e de algumas anotações de Mécia, onde às vezes há queixas ou queixinhas contra este ou aquele e contra a pátria, retorcidas distorções e ressentidos ajustes de contas. O curioso é que o volume exclua textos que poderiam iluminar a “correspondência” mas também a longa “incorrespondência” entre os dois escritores. A enorme desproporção entre as dezenas de páginas concedidas ao que Gaspar Simões escreveu – quase sempre favoravelmente – sobre Sena e as duas páginas concedidas ao que Sena escreveu sobre Simões até ficaria atenuada com a inclusão de “invetivas” ou de “sátiras”, a que se refere uma rapidíssima passagem do “estudo introdutório”; mas nem há cheiro de nenhuma das várias publicadas ou estranhamente impublicadas “dedicácias” de Sena que implicam Gaspar Simões; o leitor fica assim sem saber, por exemplo, que Sena chegou a nomear o famoso crítico como “Gaspões”, ou “Simar Gaspões”, e a rir-se dele por ser… cornudo, como se riu de Mário Cesariny por ser homossexual.

(…)

A carta agora publicada tem uma nota de Filipe Delfim Santos que refere o meu texto do Expresso, acrescentando “cujas motivações Mécia de Sena aqui aclara”. Assim mesmo: “aclara” – e como. O anotador não me ouviu nem leu, bastou-lhe a claríssima versão de Mécia, que sempre soube encontrar delfins que nunca põem em causa o que ela diz e que dizem o que ela quer que seja dito.

Texto integral em Arnaldo_Saraiva_Resenha_Simoes_Sena_10_08_2013

book: jorge de sena & joão gaspar simões correspondência 1943-1977 – review by george monteiro

aaaaaazIt was singularly fitting, from my perspective, that this book had its launching at Lisbon’s Grémio Literário, that venerable institution founded, it is said, by Eça de Queiroz. Over forty years ago, in the summer of 1980, to be exact, I was the luncheon guest of João Gaspar Simões, whom I had met three years earlier in Providence, Rhode Island, when he was a featured speaker at Brown University’s International Symposium on Fernando Pessoa, held October 7th and 8th. We dined almost by ourselves in the club’s good sized dining hall. He was apologetic about the sparseness. Shortly thereafter, on July 15, to be exact, I sought to characterize the event in a few lines titled “Rua Ivens, Nº. 35”:

Rua Ivens, Nº. 35

The Grémio Literário, I’m told,
drips with old associations;
and the painting in the bar,
showing forth its handful
of founders (with keyed
indications of the discretely
placed entities) amply
testifies to its initiation,
its durability. It’s famous,
too, for Eça and others.
“But the writers don’t come
here anymore, only I,” says
João Gaspar Simões. “I
don’t know where they go
these days.” He suits up. [i]

sala_jantarDining room at Grémio Literário in Lisbon

If the Grémio was still facing lean times six years after the 1974 revolution, so, pretty much, was that last of the Mohicans, Gaspar Simões. Both were seen by many as vestiges of a past better forgotten or at least ignored. Nevertheless, both soldiered on. Gaspar Simões held true to the dictates of his long since self-assumed mission in the service of Portuguese culture, especially literature. In this regard, there is his role in the publication, for the first time, of Fernando Pessoa’s translation of Nathaniel Hawthorne’s Scarlet Letter. When, on a subsequent visit to Lisbon, while ferreting around in the Pessoa collection of papers at the Biblioteca Nacional, I came upon the typescript of Pessoa’s translation, the first person I told about my find was Gaspar Simões, whom I telephoned immediately to ask if he knew about the existence of this translation. He said that he did not, but that it definitely should be published. He called back a short time later to tell me that he had already telephoned the publisher Dom Quixote to tell them of my discovery and that they were very much interested in publishing the work. I was to call them, he advised, and I did so. The rest is history, as they say, for the book was published in 1988, and is still in print.

Gaspar Simões first visited the United States in 1977 to participate as one of the featured speakers at the international symposium on Pessoa at the invitation of Brown University’s Center for the Portuguese and Brazilian Studies. I long believed that it was on this occasion that he and Jorge de Sena met after many years of estrangement. (Several times in this book this long period, those “anos de afastamento” are recalled [128, 132, 153]). It now turns out, as the book under review tells us, that first meeting took place in Coimbra some four months earlier at the commemorative ceremonies for the journal Presença, fifty years after its inception. Following the Pessoa symposium in Providence, Gaspar Simões visited the West coast, where he spoke, by invitation engineered by Sena, at several universities, including the University of California at Santa Barbara, where Sena was serving as chair of two or three departments or programs. It was their last meeting. Sena died on June 4, 1978.

Immediately after her husband’s death Mécia de Sena willingly took on the unbelievably enormous task of keeping alive and vibrant the memory of Sena and his polymath contributions to Portuguese literature, culture and history. There were unpublished books and manuscripts to bring out, along with new editions of his poetry, fiction, and essays. “[E]stou em Londres para fazer o mesmo que fazia em Santa Barbara”, she explained to Gaspar Simões in March 1980, “ou seja, dedicar-me, inteiramente à publicação da obra do Jorge agora num ambiente, em certos aspectos, mais estimulante. Há seis ou sete livros no prelo (já em provas) pelo que a presença do Jorge será constante ainda por muitos anos futuros, uma vez que uns outros tantos, pelo menos, estão já em esquema preparatório. E está longe de ser tudo, mesmo sem infindável arca. Assim eu tenha vida, saúde e lucidez para realizar esta monstruosa tarefa” (168-69). The oblique reference to Pessoa’s famous arca of literary remains notwithstanding, as Mécia de Sena had a plan to enrich Jorge de Sena’s contribution to Portuguese literature and culture. Following the example of scholars in the Anglo-Saxon world, she would prepare and publish neither a selective volume nor a collective edition of her husband’s letters, but a series of correspondence volumes, in which she would present the correspondence exchanged between Sena and the most significant literary and cultural figures of the times. Always convinced of their literary and historical value, Sena followed religiously the habit of keeping copies of letters he wrote. Writing to Gaspar Simões in May 1977, he explains that not having found him at home when he telephoned was a bit of luck, for it now enabled him to write this letter. “E foi melhor assim: porque, em lugar de, grata e comovidamente, lhe agradecer o seu artigo de viva voz, tenho oportunidade de o fazer nos escritos que ficam (quando não vão parar ao lixo por mão dos nossos herdeiros)” (139). Carbon paper may have sometimes caused him problems with making such copies, but there was no chance that his heirs—at least Mécia—would throw anything away. In fact, she would increase the holdings. “Tenho andado a recolher a correspondência do Jorge em vista a uma publicação futura”, she informed Gaspar Simões, “não sei quando, mas pelo menos no intuito de a preservar e preparar em diálogo, como entendo que deve ser. Não me lembro bem e não tenho comigo os arquivos, qual a extensão desta correspondência consigo, por isso lhe pergunto: tem cartas do Jorge? Quantas? Importa-se de me dar cópias xerox delas?” (179-80)

The volume under review is not, strictly speaking, one of the volumes in Mécia’s series. It is no surprise, given the years of their estrangement following 1952, it seems, during which time there was no commerce between them, there could not have been nearly enough to make a volume substantial enough for book publication. Thus, to make his book Filipe Delfim Santos has added to the extant correspondence exchanged between his two principals, several well-chosen reviews of Sena’s work by Gaspar Simões, a handful of letters from Mécia de Sena (as well as a personal statement), a Rui Knopfli letter, a letter from Sena to the present reviewer, along with a bit of testimony, “Speech, After Long Silence,” again by the present reviewer. The book opens with the editor’s “Estudo Introdutório,” an essay on the Jorge de Sena—João Gaspar Simões relationship. It runs to twenty-nine pages. This description of its contents does not do adequate justice to the book as a successful contribution to the scholarship on Sena, as well as Gaspar Simões.

Jorge de Sena’s sustained view of himself was that of a man beset, an Ishmael, whose hand was “against every man, and every man’s against him” (Genesis, 16:12). His watchfulness and his acrimony toward his enemies knew few bounds. His behavior towards Gaspar Simões, during the years when he considered him to be as bitter an antagonist as he was himself, was no exception. He expresses his acrimonious feelings in different, sometimes small but always telling ways. For example, consider his diary entry for September 5, 1968, in which he notes with cool satisfaction that has just heard from his fellow writer José Rodrigues Miguéis the gossip tid-bit that Gaspar Simões’s “companheira” (as the editor chooses to characterize her) had left him for José Saramago “pasmou-me e fez-me rir” (102).[ii] More malicious than this private comment, however, is Sena’s poem, “Aviso à Circulação,” the composition of which is dated by Sena as “13 Dez.º 70,” but which remained unpublished until 1991, well after the deaths of Sena and Gaspar Simões.
Aviso à Circulação

Se de um poeta dos últimos cinquenta anos
o Gaspar Simões escreve um elogio,
e eu estimo esse poeta, quedo logo
numa aflição por ele (o poeta):
que defeito haverá nessa poesia
para o Simões gostar tanto assim dela? [iii]


Forgotten, apparently, were the judiciously generous reviews of Sena’s work, beginning with a substantial notice of Perseguição, his first book of poems, in the Diário de Lisboa in 1942, and continuing intermittently for the next several decades. And this was no easy task, for Sena, even when his work was being praised and responsibly criticized, would take (one imagines) great delight in “correcting” the reviewer on some large or small point that the reviewer had missed or, in the opinion of the author, mishandled. It is no wonder, that even Adolfo Casais Monteiro, Sena’s friend, would sigh: “é muito dificil fazer crítica a um livro do Sena”[iv]—a wry lament that Filipe Delfim Santos has chosen to employ as an epigraph to the book under review.

But, astonishingly, Sena, who always shot from the hip, could be unpleasant about others who had not said or written a word against him or his work. Through Filipe Delfim Santos’s investigations, I can now attest to this personally. Eight days after replying courteously to the December 1976 invitation to participate in the symposium on Pessoa, he wrote to Gaspar Simões:

“E agora um outro assunto, acerca do qual ia escrever-lhe por curiosa coincidência, para lhe remeter a carta que, datada de 2 de Dezembro, recebera do Centro de Estudos Portugueses e Brasileiros da Brown University (o centro cheira-me a criação recente, para contrabater o crescimento dos meus estudos portugueses na Univ[ersidade] da Califórnia, mas isso é o menos), e a minha resposta datada de 7 do corrente, porque lhe diz pessoalmente respeito…. De ambas as coisas lhe remeto aqui cópias—e, no que se refere às entrelinhas da minha carta ao Dr. George Monteiro (que é, segundo os registos da Modern Language Association a que pertencemos mais ou menos todos os cerca de 28,000 professores universitários de inglês e línguas estrangeiras neste país, e da qual sou um dos dirigentes—1974-78—, catedrático de Inglês, o que tanto quer dizer que se dedica à lit[eratura] inglesa como à norte-americana ou a ambas), não preciso dar-lhe explicações nenhumas: à bon entendeur…” (114-15)

But complaining to Gaspar Simões was not enough, seemingly, for Sena goes on to tell him that he must report the matter elsewhere: “Como devo, por razões oficiais, escrever ao Dr. José Blanco, da Gulbenkian, que sempre tem sido meu amigo, não deixarei de mencionar, à minha inteira responsabilidade, o caso, já que sei que ele provavelmente virá aos Estados Unidos” (115). He then refers to me, suggesting that an answer clearing up the uncertainty he expresses would be of some importance to him: “Monteiro (um luso-americano de não sei que geração)”. (115).

But this was nothing compared to the overall bitterness he had toward his presumed enemies. On September 3, 1977, just nine months before his death, in a letter to me (someone he was yet to meet) he wrote unreservedly:

“It was most kind of you, in sending me the flier for your recent series, ‘Roads etc.’, to tell me that my person and my works were mentioned by several of your lecturers. Apart from the fact of some subjects not allowing such mentions to be made, I know perfectly well who would and who would not mention me in such a list of names. In general, scoundrels and mediocre people have always been my sworn enemies, not because I have hindered them (on the contrary, many of them even owe me the money that I do not have), but just because I exist as a kind of shadow of decency falling upon them all the time (and the shadow will remain, they know, even if I die, becoming even darker).”[v]

Ishmael—to the very end, and beyond—with a continuing curse on his lips for those enemies destined to outlive him.
____________
[i] The Coffee Exchange (Providence, RI: Gávea-Brown, 1982), p. 48.
[ii] See, however, the entry as it appears in Jorge de Sena, Diários, ed. Mécia de Sena (Porto: Caixotim, 2004): “De todos os can-cans com que o Miguéis me cansou antecipadamente de Lisboa, um pasmou-me e fez-me rir: a do G. Simões abandonou-o pelo… Saramago” (173). It is not known if the original entry differs from the transcription that appears in Diários.
[iii] “Seis Poemas Inéditos de ‘Dedicácias’,” Hífen, 6 (Feb. 1991): 88; collected in Jorge de Sena, Dedicácias (Lisbon: Três Sinais, 1999), p. 55.
[iv] Quoted in 1946 by Sena, Diários, 45.
[v] “First International Symposium on Fernando Pessoa / Seven unpublished letters by Jorge de Sena,” Pessoa Plural, no. 3 (Spring 2013): 132. http://www.brown.edu/Departments/Portuguese_Brazilian_Studies/ejph/pessoaplural/issues.html
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Jorge de Sena / João Gaspar Simões Correspondência 1943-1977. Org. Filipe Delfim Santos. Lisbon: Guerra e Paz, 2013. Pp. 261. €18.
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GMGeorge Monteiro, professor emeritus of English and of Portuguese and Brazilian Studies at Brown University, is the author or editor of books on Henry James, Henry Adams, Robert Frost, Stephen Crane, Emily Dickinson, Fernando Pessoa, and Luis de Camões, among others. He served as Fulbright lecturer in American Literature in Brazil–São Paulo and Bahia–Ecuador and Argentina; and as Visiting Professor in UFMG in Belo Horizonte. In 2007 he served as Helio and Amelia Pedroso / Luso-American Foundation Professor of Portuguese, University of Massachusetts Dartmouth. Among his recent books are Stephen Crane’s Blue Badge of Courage, Fernando Pessoa and Nineteenth-Century Anglo-American Literature, The Presence of Pessoa, The Presence of Camões, Conversations with Elizabeth Bishop, Critical Essays on Ernest Hemingway’s A Farewell to Arms, Fernando Pessoa and Nineteen-Century Anglo-American Literature and Elizabeth Bishop in Brazil and After: A poetic Career Transformed. Among his translations are Iberian Poems by Miguel Torga, A Man Smiles at Death with Half a Face by José Rodrigues Miguéis, Self-Analysis and Thirty Other Poems by Fernando Pessoa, and In Crete, with the Minotaur, and Other Poems by Jorge de Sena. He has also published two collections of poems, The Coffee Exchange and Double Weaver’s Knot. More…

Fonte: Portuguese American Journal, Posted on 09 July 2013: http://portuguese-american-journal.com/book-jorge-de-sena-joao-gaspar-simoes-correspondencia-1943-1977-review/

nas cartas as pessoas são, por vezes, mais abertas do que nos textos para publicação

de Pedro Baptista, autor de O Milagre da Rua Amarela a que já fizemos aqui referência neste blogue, recebemos o seguinte comentário à Correspondência Jorge de Sena / João Gaspar Simões:

Caríssimo:

O mês passado dei um salto ao Porto e comprei a obra na livraria da FLUP. Deixei-a em casa mas tive tempo, antes de retornar para a China, para dar uma vista de olhos no carteio e ler atentamente o seu prefácio que está excelente. Da vista de olhos, retirei logo diversas novidades e informações preciosas que me tinham dado jeito aquando da escrita do “Milagre”. Por exemplo fiquei a saber que o Sena escreveu sobre o Augusto Saraiva. Em fins de Setembro vou ao Porto e vou ler todo o epistolário que publicou Sena-Simões. Espero que persista com esse tipo de atividade utilíssima para o conhecimento do pensamento português contemporâneo, porque nas cartas as pessoas são, por vezes, mais abertas do que nos textos para publicação.

Pedro Baptista

sai o primeiro número da revista de estudos delfinianos – DELFIM SANTOS STUDIES

nova revista internacional de estudos delfinianos saiu em abril de 2013.

Está disponível em: http://www.delfimsantos.com/dss

DSS_1_1_2013_cover

Delfim Santos Studies, Revista de Estudos Delfinianos

An international multidisciplinary journal devoted to the study of History, Philosophy, Education, Psychology, Literature, Biography and other matters related to the Portuguese Golden Generation.

ISSN 2182-5653 (printed)

2182-5661 (online) – https://www.delfimsantos.net/dss

Publisher: Arquivo Delfim Santos, Lisbon, Portugal.

Editor-in-Chief: F. Delfim Santos (New Zealand).

Associate Editors: Friedrich Stadler (Österreich), Nuno Fidelino de Figueiredo (Brazil).

Email: revista@delfimsantos.net

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ANO 1 – nº 1 – 2013

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Filiações científico-institucionais dos colaboradores deste número  9

EDITORIAL

  • A Criação de uma Revista  13

ATAS DO COLÓQUIO INTERNACIONAL ’75 ANOS DA SITUAÇÃO VALORATIVA DO POSITIVISMO’

  • Crónica do Colóquio Internacional 75 anos da Situação Valorativa do Positivismo  19

Augusto Fitas: A influência da Escola de Viena em Portugal no período entre guerras  22

  1. O Círculo de Viena e Portugal  24
  2. As primeiras manifestações culturais públicas das ideias do Círculo de Viena (ou Abel Salazar, o grande divulgador) e a abordagem científico-filosófica de um matemático  28
  3. Uma tentativa de doutoramento versando as ideias do Círculo de Viena  34
  4. Notas Finais 49

Filipe D. Santos: Delfim Santos na morte do Professor Schlick  53

  1. Delfim Santos e Moritz Schlick  54
  2. Uma relação professor-aluno que correu mal  59
  3. Anatomia de um crime  63
  4. Disputas na imprensa em torno das aulas de Schlick  65
  5. O julgamento de Hans Nelböck 71
  6. A libertação de Hans Nelböck  73

José Maurício de Carvalho: Delfim Santos e o neopositivismo  82

  1. Considerações iniciais  82
  2. O problema contido em ‘Situação Valorativa do Positivismo’  85
  3. A recepção de ‘Situação Valorativa do Positivismo’ no Brasil  97
  4. 4. Considerações finais  102

Sérgio Fernandes: Filosofia da Lógica e Teoria da Verdade em Situação Valorativa do Positivismo  106

  1. Introdução 106
  2. Contexto histórico e propósito fundamental da SVP  108
  3. Limitações do neopositivismo e necessidade da metafísica 109
  4. Teoria pluralista da verdade e conceção unitária da verdade  112

José Luís Brandão da Luz: Delfim Santos e a verdade como desafio e limite do conhecimento  117

  1. Crítica à conceção metodológica da verdade  117
  2. Pensamento e realidade  121
  3. Regiões do real  124
  4. Absoluto e relativo da verdade  129

Pedro Baptista: Epistemologia e ontologia em Delfim Santos  132

Cláudia Ninhos: Aprendendo a lição alemã: bolseiros portugueses na Alemanha na ‘Época do Fascismo’  142

  1. A política cultural e científica alemã no estrangeiro  142
  2. A estratégia nacional-socialista em Portugal  146
  3. A Junta de Educação Nacional e o Instituto para a Alta Cultura, intermediários e protagonistas no relacionamento cultural luso-alemão 149
  4. Bolseiros portugueses na Alemanha nacional-socialista: o caso de Delfim Santos  152

Ignacio García Pereda & Ana Cardoso de Matos: The ‘Portuguese Forestry Community’ and Research Fellows abroad between 1915 and 1945  160

  1. Mário de Azevedo Gomes  162
  2. Joaquim Vieira Natividade  163
  3. The Portuguese students in Germany and Spain  164
  4. The action of the Portuguese bursaries  165
  5. Francisco Caldeira Cabral  168
  6. Forest engineers and the circulation of knowledge  171

Rui Silva: Quine and the Vienna Circle 175

  1. Introduction 175
  2. The analytic/synthetic distinction  177
  3. The indeterminacy of translation thesis  184
  4. The nature of observation sentences  186

CORRESPONDÊNCIA

  • Dedicatória de Joaquim Paço d’Arcos para Delfim Santos, jan. 53  196
  • Dois poemas de Poemas Imperfeitos  197
  • FOI NUMA TERRA DISTANTE, NA COSTA DA CHINA  197
  • O MEU VESTIDO DE VELUDO COM RENDAS BRANCAS  199
  • Carta de Delfim Santos para Joaquim Paço d’Arcos, 31.01.1953  200
  • Dedicatória de Joaquim Paço d’Arcos para Delfim Santos, 1956  202
  • Dedicatória de Joaquim Paço d’Arcos para Delfim Santos, 1960  203
  • Dedicatória de Joaquim Paço d’Arcos para Delfim Santos, abr. 62  204
  • Carta de Delfim Santos para Joaquim Paço d’Arcos, 07.05.1962  205
  • Dedicatória de Joaquim Paço d’Arcos para Delfim Santos, nov. 62  207
  • Eugénio Lisboa: O Contista – Joaquim Paço d’Arcos  208
  • Filipe D. Santos: Delfim Santos e Joaquim Paço d’Arcos, dois presidentes da ‘Sociedade Portuguesa de Escritores’  209
  • João Filipe Corrêa da Silva: No lançamento da ‘Correspondência de Joaquim Paço d’Arcos’  217 Sobre o espólio de Joaquim Paço d’Arcos (1908-1979) 221
  • José António Alves: Revisitando ‘A Floresta de Cimento’, de Joaquim Paço d’Arcos  226

RELEITURAS

  • Triálogo Restituído  237
  • José Sebastião e Silva: Filósofos e Matemáticos  238
  • Augusto Franco de Oliveira: Comentário a ‘Filósofos e Matemáticos’ de J. Sebastião e Silva  245
  • Vieira de Almeida: Matemáticos e Filósofos  249
  • Olga Pombo: Comentário a ‘Matemáticos e Filósofos’ de Vieira de Almeida  256
  • Delfim Santos: Filosofia e Ciência  261
  • Filipe D. Santos: Comentário a ‘Filosofia e Ciência’ de Delfim Santos 269

DOCUMENTOS

  • Delfim Santos regente da cadeira de Pedagogia e Didática  275
  • Sumários de Pedagogia e Didática  276
  • Carta de Edmundo Curvelo para Joaquim de Carvalho, 11.02.1950  277

RESENHAS

  • Rafael Gomes Filipe: Jorge de Sena /Delfim Santos – Correspondência 1943-1959  281
  • Manuel Maria de Magalhães: Elogio da Tolerância – A Escola de Braga e Delfim Santos  285
  • Fábio de Barros Silva: Meu Caro Delfim… Delfim Santos e o Brasil  296
  • Mourão Jorge: Amorim de Carvalho e Delfim Santos  300

Índice Onomástico  304

Regras de publicação na DSS / Revista de Estudos Delfinianos  309